De desafio a entretenimento: A decadência dos jogos


     Uma coisa que eu me lembro bem na minha infância, era de ficar o final de semana inteiro na frente do video game pra tentar zerar a fita alugada de algum jogo. Naquela época era difícil de conseguir comprar fitas boas e que desse pra salvar o jogo. Os jogos eram difíceis e cheios de complicações, e sem a internet pra ajudar as vezes ficávamos um tempão tentando achar um código que abria uma porta. Muitos jogos do nintendo, tinham 100 fases, duas vidas, 1 continue, e só, nada de save game, de continue infinito, era quase impossível de virar e a gente gostava mesmo assim.
     Com o tempo esse tipo de coisa foi se perdendo, a prova disso é a franquia Resident Evil. No primeiro jogo, cheio de enigmas e portas trancadas, cada bala era muito importante, e o jogo era difícil pra caralho, se você salvasse o game em uma hora errada, ou usasse ribom de mais, já era suficiente pra foder com tudo. Essa jogabilidade foi respeitada até o terceiro jogo da franquia, a partir dai, só joguinho de tiro, vai andando pra frente e matando zumbi como se fosse um hacking n slash (aqueles joguinhos que você vai quebrando tudo na base da porrada). Nem vou falar nada da franquia Diablo né porque......
    E quanto ao tão aclamado God of War, jogão, gráficos excelentes, historia elaborada, mas mesmo assim não passa de um jogo de pancadaria, vai andando pra frente e socando todo mundo que vê pela frente. A maior dificuldade do jogo é aguentar algumas horas na frente do computador pra zerar. O cenário das grandes produtoras, salvo alguns jogos, não passam na sua maioria de produtoras de filmes interativos, em que gráficos lindos, historia legal, mas nenhum desafio real.
   A salvação pra quem gosta de dificuldade hoje em dia, são as produtoras semi independentes. Jogos como  Dont Starve ou Spelunky trazem bastante desafio pra quem ainda curte um bom jogo difícil.
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